Componentes do leite materno que não podem ser reproduzidos no leite artificial

Alguns elementos do leite materno maduro não podem ser replicados porque são exclusivos do próprio corpo. Quase um terço das bactérias úteis no intestino do bebê vêm seu leite materno e outros 10% da pele da própria mama.

O leite materno também contém células precursoras (células mãe), as “células milagrosas” são células com capacidade de dar origem às células especializadas que constituem os tecidos e órgãos do nosso corpo. Qualquer órgão ou tecido humano é constituído por milhões de células especializadas, por exemplo, células do músculo cardíaco, células nervosas, glóbulos vermelhos ou células da pele. As características das células precursoras permitem a reparação de tecidos danificados e a substituição das células que vão morrendo, sendo, por isso, tão importantes no tratamento de diversas doenças.

Também existem hormônios no leite maduro, incluindo alguns que ajudam a controlar o apetite e a forma como o bebê processa a insulina. Esta pode ser uma das razões por que as crianças que foram amamentadas com leite materno têm menos probabilidades de ficarem obesas do que as que foram alimentadas com leite de fórmula.

Outro dado importante é o que a mãe come afeta o sabor do leite, e o bebê também prova sabores diferentes todos os dias – mais um benefício que o leite de fórmula não consegue replicar. Esse fato é extremamente importante na hora da introdução alimentar.

As diferenças entre o leite materno e o leite de fórmula são enormes. Poderíamos passar um dia inteiro analisando as diferenças entre os leites e as dificuldades em tentar produzir artificialmente um leite para os bebês, por exemplo, a concentração de sal no leite de vaca, utilizado para fazer a fórmula infantil, pode ser tóxica para os bebês, por isso, tem de ser altamente processado.

Independentemente do tempo que amamentar, o leite materno será sempre melhor para o bebê do que qualquer fórmula que compre nas lojas ou que os cientistas consigam criar num laboratório. Também é uma forma muito prática e econômica de alimentar o bebê e tem benefícios fantásticos para a saúde da mulher e a saúde do pequeno.

Quando se trata de alimentar o seu bebê, o leite materno é verdadeiramente o melhor alimento do mundo!

Referências bibliográficas:

Pannaraj PS et al. Association between breast milk bacterial communities and establishment and development of the infant gut microbiome. JAMA Pediatr. 2017;171(7):647-654

Hassiotou F et al. Breastmilk is a novel source of stem cells with multilineage differentiation potential. Stem Cells. 2012;30(10):2164-2174.

Savino, F et al. Breast milk hormones and their protective effect on obesity. Int J Pediatr Endocrinol. 2009;2009:327505.

Horta BL et al. Long-term consequences of breastfeeding on cholesterol, obesity, systolic blood pressure and type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr. 2015;104(467):30-37.

Bruna Grazif
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Enfermeira, consultora em Aleitamento Materno e Laserterapeuta. Empreendedora e mamãe do bebê genial, Miguel. Nasci em Minas Gerais, me formei em Belo Horizonte, mas foi em São Paulo, capital, que comecei a trilhar minha história e decidi aprofundar meus conhecimentos sobre Aleitamento Materno. Logo após a gestação do meu bebê, comecei minha trajetória de trabalho empreendedor, o que me possibilitou evoluir meus conhecimentos. Meu trabalho é reconhecido a cada dia pelo atendimento dedicado, próximo e humano que ofereço. Sou Coautora do Livro "Segunda Infância Volume 2". Não trabalho, cumpro uma missão. Um grande beijo e conte comigo!

1 Comentário
  • Neilane Santos da Conceição
    Postado em 20:45h, 28 julho Responder

    Ser escolhida para gerar um ser tao especial durante 9 meses 🤰🤰🤰e depois ter a oportunidade de amamentar é o MAIOR privilégio que uma mãe pode ter.
    O leite materno além de ser o melhor alimento para nossos filhos nada se compara ao olhar deles na hora da amamentação ❤❤

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